As 6 maiores dificuldades de um(a) pós-graduando(a)

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Fazer um mestrado ou doutorado é a realização de um sonho. Podem nos tirar tudo, menos as experiências e aprendizados que adquirimos ao longo da vida. Mas essa conquista tem um preço. E para muitos, um preço caro a se pagar. Se você também sonha em fazer uma pós-graduação, leia esse post e conheça as maiores dificuldades de um(a) pós-graduando(a), e como contorná-las. Enjoy =)

Introdução

Nada na vida é fácil. Parafraseando uma grande amiga: “Se fosse fácil, não seria vida”. Mas é gostoso passar pelas adversidades, extrair o melhor delas e sobretudo: APRENDER!

Aprender para sonhar, superar novos desafios e nos convencermos de que sim, podemos conquistar tudo que quisermos. Só precisamos fazer a nossa parte, acreditar e perseverar.

Aprender ao menos: como não queremos ser no futuro!

Fazer uma pós-graduação pode envolver uma série de dificuldades que podem sim serem contornadas da melhor forma.

Nesse post, irei listar 6 dificuldades que considero fazer parte da rotina do(a) pós-graduando(a) em algum momento das suas jornadas no mestrado ou doutorado.

1. Dificuldade em escrever textos acadêmicos

Esssa eu diria que é a maior dificuldade para muitos.

Acredite, é normal! Ninguém nasce sabendo. Vamos vivendo e aprendendo.

Você acabou de entrar na pós-graduação, tudo bem não saber tudo. Não saber escrever os textos acadêmicos inclusive.

Você terá o tempo necessário para aprender.

Mas, para aprender, é preciso ter estímulo. Muitas vezes, o orientador e/ou o grupo de pesquisa não cumpre bem esse papel. Sobre isso, falarei no tópico 4.

Entretanto, hoje você conta com uma rede de apoio virtual. Coisa que há dois anos atrás não tinha. A SejaPhD, por exemplo, surgiu dessa necessidade de ajudar pessoas a escrever mais e melhor os seus textos acadêmicos. Esse projeto é fruto de mais de 10 anos de experiência tanto na prática quanto na escrita.

E por falar em prática, ou melhor, da falta dela, o que contribui muito para você sentir essa dificuldade ao escrever. Se não praticamos, não aperfeiçoamos nossas habilidades.

Por isso, é preciso deixar a timidez e o medo de lado e perguntar, pedir ajuda, pedir orientação.

2. Estar em um meio desfavorável

O que seria um meio desfavorável?

Um grupo de pesquisa com pessoas fechadas.

Isso não significa que elas não poderão te ajudar, isso sugere que elas estão concentradas nas atividades delas e que se você não buscar, não é do perfil delas oferecer ajuda. Então, faça sua parte: busque, pergunte, peça ajuda. O NÃO você já tem, não custa nada tentar um SIM =)

Não deixe que o NÃO, que você acha que já tem, atrase o seu aprendizado, mesmo sendo um(a) pós-graduando(a) recém-chegado(a), não sinta-se inibido(a). Essa pode ser uma característica de um grupo de pessoas competitivas e poucos colaborativas entre si. Uma realidade que pode mudar, a depender da rotatividade de pessoas que fazem parte do grupo.

Quem sabe você é a primeira pessoa que vai ajudar esse grupo a ter um clima mais harmonioso, colaborativo e favorável para os próximos colegas que virão!

3. Gerenciamento do tempo e da pesquisa

O gerenciamento do tempo e da pesquisa é estratégico para o seu sucesso na pós-graduação.

Por que?

Por exemplo, o cronograma da pesquisa, é avaliado desde a seleção de mestrado até a sua defesa. Se você não cumprir as atividades previstas no cronograma até o prazo final, pode acontecer de precisar de prorrogação.

Isso ocorre com frequência quando a pessoa investe muito tempo em algo simples e atrasa tudo na frente. Talvez se ela tivesse pedido ajuda desde o início, não tivesse sido demandado tanto tempo na execução de determinada atividade.

A pessoa que trabalha além da pós-graduação, deve ter um planejamento de execução das atividades bem definido, já que a dedicação à pesquisa não é 100%, como no caso dos bolsistas. Nessa situação, mais que em qualquer outra, pedir ajuda e orientação é a chave para cumprir os prazos.

Entretanto, é natural que a pesquise não percorra o caminho esperado. Por isso é fundamental ter um plano B,C,D, etc… que sejam suas cartas na manga, conduzidas em paralelo. Pois, caso algo dê errado na investigação principal, você tem outras opções para escrever a sua dissertação ou tese.

Esse planejamento evita que você precise prorrogar o seu mestrado ou doutorado. Não que seja um problema prorrogar. Mas é natural querer o tão sonhado diploma no prazo esperado. O nosso cérebro espera por essa recompensa.

4. Problemas com orientação

Muitos alunos sofrem com esse problema, principalmente àqueles que não possuem experiência prévia com pesquisa. Seria perfeito se todo(a) orientador(a) de fato orientasse os seus alunos e trabalhasse as suas deficências, mas na prática não é bem assim…

Uma coisa precisamos ter em mente: dificilmente um(a) orientador(a) vai pegar na sua mão e te conduzir durante todo o caminho. E muitas vezes não é porque ele(a) não quer. Os pesquisadores brasileiros são muito sobrecarregados com atividades burocráticas, de docência e pesquisa.

Por isso, faça sua parte! Comece demonstrando interesse, presença e proatividade. Não tenha vergonha de pedir ajuda ou solicitar uma reunião para discutir os dados. Não espere que ele(a) faça isso. Pois ele(a) só vai pensar nisso quando seu prazo estiver acabando e a seguinte situação pode ocorrer: ele(a) achar que o trabalho está incipiente para uma dissertação ou tese e sugerir prorrogação.

Punk né! A melhor forma de evitar isso, é procurá-lo(a) sempre, desde o início. Assim você garantirá o bom curso da sua pesquisa, ele(a) vê que você é uma pessoa dedicada e evita uma frustração lá na frente.

É preciso saber lidar com as expectativas e realidades em relação ao(à) orientador(a). Afinal, ele(a)s também são cobrados o tempo todo e mudam muito de opinião e conduta. Saber lidar com isso, é fundamental para a sua saúde mental.

5. Fazer um trabalho que ninguém nunca fez

Conduzir uma pesquisa inédita é um desafio e tanto. Eu bem sei como é! Mas é maravilhoso, chegar lá na frente e ver que você conseguiu!

O caminho muitas vezes não é simples, pois nem você, nem o grupo tem experiência para ajudar. O que gera muita insegurança e medo de não dar certo. Mas não é nisso que você deve se apoiar. Muito menos nas opiniões negativas.

Seu suporte deve ser sempre a literatura. Conduza seus experimentos e análises de forma robusta e incontestável. Leia muito e leia sempre! Novos trabalhos surgem diariamente e eles podem ser a peça que faltava no seu quebra-cabeça.

Acredite, dê o seu melhor que vai dar certo.

No meu doutorado, o que eu mais tinha era gente para dizer que não daria certo. E eu venci! Você também vencerá! Confie em você, na ciência e no que você faz com maestria.

6. Cobranças

Cobranças fazem parte da vida adulta, seja na área acadêmica, em casa ou no mercado de trabalho.

Nos cobramos sempre, em busca do nosso melhor. Isso é bom, traz excelências nas nossas ações. Mas é preciso ter cuidado e não tornar a autocobrança algo doentio.

Afinal, além da autocobrança, tem a cobrança do(a) orientador(a) quanto às responsabilidades junto ao grupo de pesquisa, à tese/dissertação, ao artigo ou patente. Do outro lado, tem o programa cobrando publicação, pois só defende ou recebe o título tendo cumprido esse requisito.

Meu conselho:

aprenda a lidar com tudo isso. Se o fardo começar a pesar, procure orientação profissional. Não carregue tudo sozinho(a). Porque tudo passa e a sua saúde deve estar em primeiro lugar.

No mais, siga essas dicas e tenha a melhor experiência possível na pós-graduação. Esta fase de tanto aprendizado e amadurecimento.

Desejo sucesso na sua jornada e estou sempre aqui para te ajudar.

Resumindo…

A fórmula para lidar com as dificuldades da pós-graduação é:

ser proativo(a), dar o seu melhor, pedir ajuda e pensar positivo.

Vamos estender esse post?

Deixe nos comentários outras dificuldades que vocês identificam na pós-graduação. Será um prazer dialogar com você =)

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